Anões de Geahazz

Na língua dos anões “Hazz” significa “mina” e “Geahazz” é o nome para “Grande Mina”. O local tem sido a morada do povo de Igthart por incontáveis eras, e as lendas dizem que o próprio deus estaria adormecido sob aquelas frias montanhas. Quer almejem um dia encontrar Igthart ou não, os anões continuam cavando e minerando Andrillás há mais de 3 milênios. E durante este período eles construíram imensas galerias, fortalezas subterrâneas e reinos que se interligam sob os cumes gelados das Montanhas de Geahazz.

Muitos inimigos invejaram (e ainda invejam) tais maravilhas, tentando destruí-las ou usurpá-las ao longo dos séculos. Longas batalhas foram travadas contra dragões e o que eles chamam de vermes das montanhas: os orcos de Shaarnák. Mas o maior inimigo dos anões vieram das entranhas geladas de Oraebor, os gigantes. Estes seres, cuja crueldade está muito além que seu tamanho, chegaram provocando terríveis avalanches, deslizamentos e arremessando gigantescas pedras em suas fortalezas.

O constante contato com inimigos perigosos acabou enrijecendo o povo de Igthart. Eles se tornaram militarizados e desconfiados com qualquer forasteiro, preferindo manter seus portões fechados e vigiados até terem certeza que qualquer visitante era de confiança. Os primeiro a demonstrarem essa amizade foram os homens que também combatiam os gigantes das terras geladas, o povo Fell-Har. Depois vieram os elfos de Nen’Vallanîr, com a magia de que eles precisavam para enfrentar tantos orcos e eventuais dragões. E assim os reis anões foram criando laços com as terras vizinhas, mas nunca perderam a desconfiança para com estranhos. Ainda assim poucos povos dhemorianos demonstram tamanha honradez e coragem como os anões.

Em tempos de paz o povo de Igthart costuma refinar seu trabalho, expandindo seus túneis e trilhos, fortificando minas, pontes e cidades. As famílias se dividem em clãs e cada uma destas famílias deve lealdade a um Rei. Tornar-se um monarca em Geahazz pode depende apenas do esforço pessoal, basta que para isso alguém descubra um veio mineral farto o suficiente para que ele viva muitos anos em riqueza. Atualmente apenas quatro grandes clãs formaram monarcas em Geahazz, são eles:

Hazz-Gorath: Embora não seja uma mina tão próspera, esta grande fortaleza abastece boa parte do minério consumido em Cerants. Seu monarca é Duz Gorath, cujo clã resolveu abandonar Hazz-Morodor e explorar novas fronteiras.

Dal’Mogor: Esta imensa fortaleza fica às margens do Lago da Caldeira. É uma mina independente cujo monarca morreu recentemente combatendo um dragão. Sua filha, o princesa regente, aguarda alcançar a idade adequada para assumir o trono.

Hazz Borian: Esta minas em ruínas pertenceu ao rei Baltrék Machado Temido, mas sucumbiu após o ataque do dragão Ix’Venerilhandar há quase três séculos. O nome “Hazz Borian” foi em homenagem à amante humana do rei, a senhora Yala Borian.

Duas minas de cobre ao sul de Hazz-Morodrim estão sofrendo com uma terrível doença. Primeiramente os mineiros manifestaram fortes dores musculares e febre, depois fissuras na pele e por fim eclosão de larvas nos ferimentos. A princípio, quando alertado, o rei Ergorth suspeitou da ação de bruxas proscritas de Cerants, pois não fazia muito tempo um grupo destas feiticeiras havia passado pelo local. Contudo, rumores sobre a mesma doença também chegaram de outras cidades e o terror se espalhou.

Pouco tempo depois um grupo de druidas de Osmodör foi visto negociando com os orcos de Shaarnák, juntamente com uma raça estranha de homens meio-aranha. Os anões recorreram ao conhecimento antigo dos elfos de Nen’Vallanîr e descobriram que aquela raça era de humanos amaldiçoados.

Na primavera os líderes orcos das tribos de Shaarnák haviam selado uma aliança e começaram a contornar Geahazz, marchando para o sul em direção a Nên’Vallanir. Os anões enviaram um alerta para os elfos e começaram a se preparar para uma possível batalha